segunda-feira, 9 de junho de 2014

Estudo da ONU aponta que nove em cada 10 egípcias já sofreram algum tipo de violência sexual

8 de junho de 2014
Por Da Redação 

Violência contra a mulher no Egito é alarmante - Foto: Banco Mundial/Charlotte Kesl
Violência contra a mulher no Egito é alarmante – Foto: Banco Mundial/Charlotte Kesl
A União Interparlamentar emitiu uma nota elogiando a decisão do governo do Egito de criminalizar o assédio sexual no país.
O decreto foi anunciado nesta semana e, segundo a UIP, é um passo fundamental para combater o que a agência chamou de “problema crescente da violência contra a mulheres no Egito.” A UIP disse que outros países têm que fazer mais na mesma área.
Cinco Anos
A decisão foi promulgada pelo presidente interino Adly Mansour, que está deixando o cargo. Pela nova regra, o assédio sexual passa a ser um crime punido com até cinco anos de prisão.
Desde o início dos protestos de rua que levaram à saída do presidente Hosni Mubarak em 2011, o Egito tem registrado ataques contra mulheres. De acordo com um estudo da ONU, nove em cada 10 egípcias sofreram algum tipo de violência sexual.
O chefe da UIP, Anders Johnson, disse que pôr um fim à violência contra mulheres no Egito é uma tarefa que requer mais compromisso e ação para a implementação do decreto.
Sentença
Segundo a agência, a medida sinaliza uma boa notícia após semanas de relatos horrorosos sobre violência a mulheres em várias partes do mundo. A nota lembra o caso do assassinato de duas meninas na Índia após terem sido estupradas, e da sentença de morte à sudanesa Meriam Ibrahim, condenada por ter se casado com um cristão e não renunciar ao cristianismo.
A UIP também citou o caso do sequestro de mais de 200 alunas na Nigéria e o assassinato de uma paquistanesa pela própria família num chamado “crime de honra”.



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